Hoje, solitude é vento em popa nas narinas.
Odemir Tex Júnior – por adoção – partejado nos frios junhos do estado do Rio Grande do Sul.
Para começar, minha história é um erro certo. Sou rascunho do que não serei.
Minha vida foi embebida de promessas e joelhos esfolados pelas dívidas e pelos amores.
A dor foi a substância que perdoou meu sangue. Fui exilado de meu próprio sonho e de minha carne.
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Não me procurem em casa. Habito minhas obsessões.
Escombro. Ruína. Abandono. Faca. Labirintos. A coleção de meus desperdícios.
Meus poemas são meus crimes. Prisão é o nosso silêncio.
Não pretendo o consolo. Arrepender é mostrar que o ontem nos morou.
A tudo que é conforto, o meu desprezo. Controlo minha ansiedade numa mentida calma.
Sou um bocejo das circustâncias.
Sou esta insólita província conhecida como Homem.
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Fui desenganado pelos amores, a literatura me curou.
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E, por favor, leiam. Não tentem me entender.