Odemir Tex Júnior – por adoção – partejado nos frios junhos do estado do Rio Grande do Sul.

Para começar, minha história é um erro certo. Sou rascunho do que não serei. 

Minha vida foi embebida de promessas e joelhos esfolados pelas dívidas e pelos amores.

A dor foi a substância que perdoou meu sangue. Fui exilado de meu próprio sonho e de minha carne.

..

Não me procurem em casa. Habito minhas obsessões.

Escombro. Ruína. Abandono. Faca. Labirintos. A coleção de meus desperdícios.

Meus poemas são meus crimes. Prisão é o nosso silêncio.

Não pretendo o consolo. Arrepender é mostrar que o ontem nos morou.

A tudo que é conforto, o meu desprezo. Controlo minha ansiedade numa mentida calma.

Sou um bocejo das circustâncias.

Sou esta insólita província conhecida como Homem.

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Fui desenganado pelos amores, a literatura me curou.

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E, por favor, leiam. Não tentem me entender.

Inventa-me ou serei igual para sempre.

Hoje

Data: 21/07/2011 | De: Odemir

Hoje, solitude é vento em popa nas narinas.

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